domingo, 26 de dezembro de 2010

Felicidade nos relacionamentos está nas pequenas atitudes


A vida movimentada muitas vezes nos faz sentir girando em uma espiral sem controle e acabamos até mesmo nos esquecendo das pequenas coisas que nos fazem felizes ou mesmo que fazem que as pessoas que estão conosco fiquem mais próximas.

Um artigo publicado no periódico Personal Relationships diz que o modo como demonstramos gratidão pode melhorar – e muito – nossa convivência diária com as outras pessoas, especialmente com os parceiros românticos.
Humanos são seres sociais e as pessoas se ajudam o tempo todo. Mas apenas fazer algo por alguém não garante que essa pessoa sinta gratidão. Mas além da possibilidade de não experimentar esse sentimento, há diversas formas de perceber um gesto de ajuda de outra pessoa, como ressentimento, falta de habilidade de entender o gesto alheio ou medo de se sentir em débito com alguém. Muitas pessoas não sabem receber ajuda.
Mas isso não é motivo para desistir. Sara Algoe, da Universidade da Califórnia, EUA, e uma das responsáveis pelo estudo, aponta que demonstrar gratidão tem a capacidade de melhorar os relacionamentos como um todo, especialmente com os parceiros românticos, como namorados (as), maridos e esposas.
“Sentimentos de gratidão e generosidade ajudam a tornar os relacionamentos mais sólidos, e isso acaba se tornando uma via de mão dupla, pois a pessoa também se esforçará para demonstrar que dá atenção aos seus atos”, diz Algoe. Os autores também afirmam que a gratidão é um sentimento que nos ajuda a procurar, lembrar e cobrar de nós mesmos uma ação positiva em relação às pessoas com as quais convivemos.
O estudo acompanhou mais de 60 casais que classificavam seu próprio relacionamento como satisfatório. Os pesquisadores identificaram então os fatores diários de flutuação desse nível de satisfação e tentaram fazer paralelos com pequenas ações de recompensa – ou gratidão – observadas, como se oferecer para fazer as compras de casa para a parceira ou levar os filhos para uma caminhada enquanto o parceiro ficava um tempo sozinho.
Mesmo após uma ação gratificante, os parceiros indicavam que se sentiam bem por conta da ação do dia anterior, por exemplo. Isso, dizem os pesquisadores, serviria como um mecanismo que fortalece os laços sociais.
A pesquisa aponta, entretanto, que esse sentimento só é positivo quando a sensação de débito não está presente. A resposta de débito emocional – ou seja, quando os pares cobram atitudes em troca de favores anteriores – pode minar os esforços no sentido de aproximação, pois algo que seria visto como generosidade passa a ser visto como um estressor, pois para cada ato recebido as pessoas passariam a esperar uma cobrança posterior.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Novos e antigos caminhos para a longevidade


Fonte: Isto É - Independente

Descobertas revelam a influência da personalidade, do relógio biológico e da quantidade de alimentos ingerida para garantir uma vida mais longa e saudável

Envelhecimento bem-sucedido. Você provavelmente já ouviu falar desta ideia. Ela está no coração da maior aventura científica já realizada para decifrar o que pode retardar o envelhecimento humano. É objeto dos esforços de cientistas, geriatras, neurologistas. O que se quer é obter meios de levar o ser humano a preservar o máximo de sua capacidade biológica, mesmo com o passar dos anos. “Centros de estudo de todo o mundo estão buscando informações nas moléculas e reações do organismo para atingir essa meta”, diz o pesquisador e geriatra Clineu Almada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Já se caminhou bastante nesse sentido, com a descoberta de alguns mecanismos capazes de nos levar a uma vida mais longeva. Recentemente, no entanto, a ciência trouxe à luz três novos fatores decisivos para um envelhecimento saudável: o tipo de personalidade, quanto e o que se deve comer e por que se deve respeitar o relógio biológico para que se possa viver mais. Estes achados estão entre os avanços mais importantes obtidos nos últimos anos na área da ciência da longevidade.

Há dez anos, por exemplo, quem imaginaria que a personalidade teria o poder de influenciar a rapidez do envelhecimento cerebral? Mas foi exatamente isso o que constataram cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. O grupo, considerado um dos mais conceituados nos estudos sobre o tema, verificou que os indivíduos de temperamento irritadiço, mais propensos a neuroses, estão sujeitos a perder mais neurônios do que os tranquilões e extrovertidos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram imagens do cérebro de 79 voluntários com idade entre 44 e 88 anos. “As pessoas ansiosas e aquelas que tendem a reagir de modo negativo aos acontecimentos do dia a dia têm menos massa cinzenta nas regiões ligadas à atenção, às emoções e à memória”, disse à ISTOÉ a professora de psicologia Denise Head, uma das autoras do trabalho.

A massa cinzenta é formada pelo conjunto dos neurônios, as células nervosas do cérebro. Na juventude, ter menos neurônios nas áreas apontadas pelo estudo pode não implicar grandes prejuízos ao raciocínio e ao processamento dos sentimentos, por exemplo. Isso porque, nessa fase da vida, o cérebro pode compensar a menor quantidade de neurônios em uma região usando outros circuitos, em outras áreas, para que exerçam as funções. Porém, com o passar dos anos, essa capacidade do cérebro, chamada de neuroplasticidade, diminui. Em indivíduos com personalidade mais neurastênica, que já apresentam menos células nervosas, a perda dessa habilidade será sentida mais rapidamente. “E o declínio da massa de neurônios será mais acentuado naqueles que não tinham uma boa reserva”, diz o geriatra Almada. Isso significa que, para eles, os primeiros sinais de desgaste cerebral, como as falhas de memória ou dificuldade para processar as emoções – chegarão mais cedo.

O trabalho da escola americana foi o primeiro passo para traçar conexões entre o comportamento e o envelhecimento. E, ainda que os pesquisadores não tenham certeza do que vem primeiro, se a baixa neuronal ou os comportamentos a ela associados, é sabido que cultivar a serenidade e a capacidade de se adaptar aos reveses do dia a dia protege o organismo dos efeitos perversos do estresse crônico. A tensão permanente diminui, por exemplo, a concentração e a atenção. A enxurrada de substâncias produzidas pelo organismo para se defender das ameaças, neste caso, interpretadas como uma constante – também reduz as defesas imunológicas.

De posse de conhecimentos como esses e dos gerados por pesquisas como a da Universidade de Washington, os geriatras começam a adicionar à sua lista de observações as variações de humor dos pacientes. E indicam estratégias para aplacar os efeitos nocivos da personalidade. A primeira é tentar modificar traços neuróticos da personalidade. Evitar o perfeccionismo e procurar atividades de relaxamento, por exemplo, ajudam a controlar a irritação e a ansiedade. Aos primeiros sintomas de depressão – falta de ânimo, uma tristeza sem motivo que persiste dias a fio, deve-se imediatamente procurar o médico. A doença acelera o desgaste cerebral, muito por conta do comportamento que o paciente acaba adotando: fica mais isolado, apático, exercitando menos os neurônios. Além disso, é importante estimular o raciocínio para que os circuitos neuronais continuem ativos.

A importância do Relógio Biológico

Um dos grandes desafios da medicina é descobrir como manter regulado o nosso relógio biológico, também chamado de ritmo circadiano, com o passar dos anos. Ele consiste em um ciclo de 24 horas durante o qual a temperatura do corpo, a atividade cerebral e a produção de hormônios variam com a mesma regularidade. Ao longo do envelhecimento, esse relógio vai perdendo a capacidade de se ajustar ao ambiente. A mudança pode ser notada por alterações no tempo de vigília e sono, por exemplo. A pessoa começa a dormir menos horas ou desperta mais vezes durante a noite, sem entrar com facilidade no sono que é de fato restaurador, o REM.

O problema é que prescindir desta fase do sono é tirar do corpo uma magnífica oportunidade de se restaurar. É nessa etapa, por exemplo, que o corpo produz o hormônio do crescimento, indispensável para a regeneração das células. Também é neste período que há a consolidação da memória, ou seja, quando o cérebro guarda as informações que considera relevantes. “Paga-se um preço alto pela desorganização do relógio biológico”, diz a neurologista Dalva Poyares, especialista em medicina do sono da Unifesp.

Alto mesmo. Uma ampla revisão de 16 estudos feita por cientistas do Reino Unido e da Itália, publicada na revista “Sleep”, revelou o tamanho desta conta: quem dorme habitualmente menos de seis horas por noite tem 12% mais probabilidade de morrer nos próximos 25 anos do que os que dormem entre seis e oito horas.

Entre outros impactos de um ritmo circadiano desequilibrado estão os prejuízos à ação da insulina, o hormônio que leva a glicose, o combustível do organismo, para dentro das células. “Apenas uma noite maldormida pode dificultar a capacidade de o corpo usar a insulina”, explicou Esther Donga, da Leiden University Medical Center, na Holanda. Ela liderou um estudo acerca do tema divulgado no “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”. O resultado é a vulnerabilidade maior à diabetes tipo 2, caracterizada pelo mau funcionamento da insulina.

Outro hormônio afetado é o cortisol. Ele é secretado pelo organismo nas quatro primeiras horas de sono e sua participação é essencial na regulação do sistema de defesa do corpo. “Quem dorme menos do que precisa tem mais gripes, mais infarto, mais déficit de atenção”, diz o neurologista Marco Túlio de Mello, do setor de psicobiologia da Unifesp.

Portanto, outra lição que começa a ser entendida pelos estudiosos do envelhecimento é que, quanto mais regulado o relógio biológico, menos desgaste sofre o corpo e maior a longevidade. Essa é a razão que está levando centros de pesquisa a procurar formas de preservar ou de restaurar o ritmo circadiano.

Um dos meios pelos quais é possível manter acertados os ponteiros do relógio biológico é regular o horário das refeições. Dessa maneira, o corpo sabe que, em algumas horas, irá receber comida e começa a se preparar, aumentando o suco gástrico do estômago, por exemplo. É um modo de organizar seu funcionamento. “Aos cegos, por exemplo, que não têm o marcador temporal da luminosidade, recomenda-se que façam as refeições sempre no mesmo horário”, explica o cientista John Fontenele Araújo, da Universidade Federal de Natal, especialista em cronobiologia. O neurologista Marco Túlio, da Unifesp, orienta ainda a ingestão de pequena quantidade de alimentos a cada três horas, para manter o gasto energético constante. “Isso também funciona.”

Outro conceito a ganhar força é o respeito ao cronotipo de cada um. Fala-se aqui da categoria dos matutinos e dos vespertinos. Os primeiros sentem-se mais despertos pela manhã e os outros estão mais ativos horas mais tarde. “Quanto mais a pessoa respeitar seu ritmo, melhor produzirá e menos desgaste vai sentir”, diz a enfermeira Maria Filomena Ceolim, professora da Universidade Estadual de Campinas, estudiosa da medicina do sono.

Quanto comer?

A relação entre a quantidade de alimentos ingerida e a velocidade do envelhecimento está cada vez mais clara para a ciência. Trabalhos com cobaias mantidas sob um regime de restrição calórica mostram que a medida tem benefícios importantíssimos. Um dos estudos, realizado na Universidade de Washington, apontou que o corte de 10% a 50% das calorias fez com que os animais envelhecessem com menores índices de tumores, doenças cardiovasculares e problemas de aprendizagem e memória. De modo geral, as pesquisas indicam que a estratégia dobra e até triplica o tempo de vida. Baseados nessas informações, médicos e nutricionistas começam a ressaltar a importância de comer menos para viver mais. Mas quanto menos? “A redução deve ser de 20% a 40% no total de calorias ingeridas por dia”, explica a nutricionista funcional Lucyanna Kalluf, de São Paulo. Comer menos do que o habitual emagrece, é claro. Com isso, diminui-se o risco de doenças associadas à obesidade, como a hipertensão e a diabetes tipo 2. Consequentemente, reduz-se o risco de morte. Mas o que as pesquisas demonstram é que a restrição calórica atua em uma esfera ainda mais profunda: ela provoca um impacto no material genético. O que se descobriu é que, quando há menor disponibilidade de alimentos, o organismo ativa um gene, o Sirt1. Ele determina que as células funcionem de modo econômico, gastando menos energia, para que consigam sobreviver mais tempo. “Esse metabolismo mais lento submete o organismo a um desgaste menor, o que reduz a produção de substâncias que agridem as células”, disse à ISTOÉ o cientista Shin-Ichiro.

Pesquisador da Universidade St. Louis, nos EUA, ele encontrou outra maneira de ligar o tal gene, que não passa pela restrição calórica. “Identificamos uma substância, a coenzima NAD, que tem a capacidade de acioná-lo”, disse. O cientista prepara-se para testar substâncias similares, fabricadas em laboratório, para ver se ativam o Sirt1. Se conseguirem, será mais uma alternativa para garantir uma vida mais longa. Como as pesquisas nesta área avançam rapidamente, já há a constatação também de que para atrasar o envelhecimento não basta simplesmente comer menos. Um trabalho feito por pesquisadores alemães e ingleses concluiu que cobaias submetidas a um regime de restrição, mas que ingeriram boas quantidades de aminoácidos, tiveram tempo de vida ainda maior. Os aminoácidos são as moléculas usadas na construção das proteínas, compostos fundamentais para o correto funcionamento metabólico do corpo e também para a saúde dos tecidos. Muitos são produzidos pelo corpo, mas alguns são encontrados nos alimentos.

Segundo a equipe do Instituto Max Planck de Biologia do Envelhecimento, na Alemanha, há um aminoácido em especial, a metionina (que o corpo não produz), que é crucial para aumentar a longevidade. “Ela é muito importante para a regeneração celular e livrar o fígado de toxinas”, afirma Lucyanna. Boas fontes de metionina são as sementes de gergelim, castanha-do-pará, germe de trigo, peixes e carnes. Há ainda muitas substâncias que ajudam a preservar as células do envelhecimento, os chamados fitoquímicos, que precisam estar presentes à mesa.

Também começa-se a conhecer melhor o que não deve entrar no cardápio. Recentemente, por exemplo, o cientista M. Shawkat Razzaque, da Harvard School of Dental Medicine, obteve mais evidências de como o consumo excessivo de refrigerantes pode ser prejudicial. A bebida possui fosfato, substância que parece encurtar o tempo de vida. Ele chegou a essa conclusão depois de realizar estudos em animais. Aqueles que apresentavam níveis tóxicos viveram de oito a 15 semanas. Os que tinham menores quantidades no organismo, 20 semanas. “A pesquisa sugere que a quantidade de fosfato influencia o processo de envelhecimento”, afirmou Gerald Weissmann, editor-chefe da revista científica “Faseb”, que publicou o estudo. Qual é o efeito negativo dos índices elevados do composto? “A soma do fosfato pode ser facilmente tolerada durante a juventude por causa do bom funcionamento dos rins, mas a mesma quantidade representa uma carga extra para rins envelhecidos”, disse Razzaque à ISTOÉ. Portanto, se quiser viver mais, o melhor é adicionar aminoácidos e diminuir, ou melhor, retirar os refrigerantes do cardápio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?



ENTREVISTA DA VEJA COM CIRURGIÃO CARDÍACO TURCO e CIDADÃO AMERICANO DR. MEHMET OZ - São Paulo

A especialidade do cirurgião cardíaco turco e cidadão americano Mehmet Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus pacientes. Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Colúmbia, em Nova York, ele é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael Roizen, criador do conceito de que é possível manter o organismo mais jovem do que aponta a idade cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que adia a velhice. O mais recente deles, You Staying Young (Você Sempre Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos dois casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa saúde.
Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu a VEJA.

BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ
Dr. Mehmet Oz nasceu em Cleveland, Ohio (EUA), dos pais turcos. Ele é casado e pai de quatro filhos. Ele se formou da Harvard Univesity em 1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.
Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista de New York Times Bestseller.
ENTREVISTA DA VEJA

Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?



Oz
- Sim. Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se mais frágil e vulnerável.

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?

Oz
- Meu novo livro, You Staying Young (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil), trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um pouco menos do que tem vontade.

Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns médicos, faz bem para a saúde?

Oz
- Deve-se comer de três em três horas. Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.

Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?

Oz
- Uma refeição grande ultrapassa 1 000 calorias. Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.

Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?

Oz
- Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco. Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais.

Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é saudável?

Oz
- A princípio, sim. Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem carnes muito gordas, o que é errado. Antigamente, no mundo inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais maravilhosos, por preço razoável.

Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do dia-a-dia. Como exercer esse controle?

Oz
- A palavra-chave é automatizar. Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde. Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio.

Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?

Oz
- Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito. O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.

Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram moda a cada seis meses?

Oz
- Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde. A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.

Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?

Oz
- Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir. Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde prejudica o sono.
Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia. Quanto se deve beber exatamente?

Oz
- Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.

Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?

Oz
- Eu acho um erro beber água engarrafada. Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro.

Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?

Oz
- Essas recomendações visam à saúde cardiovascular. Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias aumenta.

Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?

Oz
- Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem. Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais.

Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?

Oz
- Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos. Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.

Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?

Oz
- Sem dúvida. Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.

Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?

Oz
- Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina. Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região.





domingo, 17 de outubro de 2010

Malhadora de 102 anos


Um programa de televisão produzido pelo canal BBC3 de Londres levou quatro jovens britânicos sedentários aos Estados Unidos para viver com alguns dos aposentados mais saudáveis do mundo, entre eles Ida Wasserman que, aos 102 anos, faz musculação todos os dias. Ida é a estrela da comunidade para idosos Sun City, na Flórida, onde os aposentados fazem o que podem para limitar os efeitos da idade.

Ela se mudou para lá com quase cem anos, para morar perto da filha, então com mais de 70, que sugeriu que ela fizesse exercícios. Com a malhação, ela deixou de usar bengala e passou a ser muito mais independente.

Inspiração para os mais jovensPor ter começado a malhar com uma idade tão avançada, Ida se tornou uma inspiração para outros aposentados e também para os jovens britânicos, que assistiram boquiabertos a uma de suas sessões de musculação.

- Vocês acham isso difícil? - perguntou Ida rindo após se exercitar na cadeira adutora. - Eu acho muito fácil...

- Depois de ver isso, não tenho mais desculpas para não me exercitar - disse Caroline Miller, uma britânica de 22 anos que conta que o único exercício que faz é caminhar até o carro.

Mais saudável que um aposentado?
O programa da BBC3 "Are you fitter than a pensioner?" (Você está mais em forma que um aposentado?) tem como objetivo mudar o estilo de vida de quatro jovens, que comem mal, fumam, bebem demais e não se exercitam.

Além de Caroline Miller, Kevin Jay, um rapaz de 21 anos viciado em frango frito, a fumante Jacqualine Oliver, de 18 anos, e o amante de pizzas Sean Ryan, de 21 anos, passaram uma semana em Sun City, comendo de forma saudável e se exercitando na companhia de aposentados.

No fim da semana, eles competem com quatro idosos malhadores em quatro esportes: natação, corrida, caiaque e ciclismo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O que você tem feito para viver e envelhecer com saúde?


Entre hábitos e estilo de vida, trabalho, lazer, atividade física e alimentação. Onde vc tem investido mais?


Pratico atividade física por conta própria e só.


Me alimento corretamente e tenho Personal trainer


Nem penso nisso. Sou jovem!


Trabalho demais, não tenho tempo.


Estou a procura de ajuda. O que faço?


Estou na fase da maturidade, ainda tem jeito?

Pessoas que abusam dos seus corpos através de uma dieta e de estilo de vida inadequados podem experimentar uma deterioração mental já na década dos trinta, e por muitos outros problemas, se tornam realmente notáveis durante a década dos quarenta. Essas pessoas que fazem coisas erradas em determinados períodos da vida, estão em risco aumentado de severa deterioração cognitiva no futuro, a menos que elas assumam o compromisso de reconstruir a função cerebral.
Um estilo de vida deficiente, bem como dieta, stress, fumaça e poluentes ambientais, tudo isso danifica as células frágeis do cérebro. O consumo de álcool e muitos medicamentos podem causar severa perda de memória. Cada vez mais crianças estão mostrando dificuldades comportamentais e de aprendizagem relacionadas à exposições por poluentes e tais dificuldades persistem na vida adulta.
Um estilo de vida que inclui amplo tempo de relaxamento, meditação, exercício físico bem orientado e bom sono, tudo isso ajuda a regenerar e revigorar nosso estado mental, em suma a forma que nós vivemos pode não somente nos ajudar a sermos mais inteligentes, alertas e com sucesso em nossas atividades mentais, mas também mais equilibrados em nossas emoções e comportamento.
Pense nisso e prepare-se para a longevidade saudável.
Consulte-nos em rosmeire.paixao@vivaemplenaforma.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Maior atividade pode prevenir demencia em idosos, revela estudo da USP


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) traçaram um perfil da demência entre idosos de uma região pobre na zona oeste da cidade de São Paulo. Os resultados mostram que a baixa escolaridade e a renda estão entre os principais fatores de risco que podem levar à doença. Ao mesmo tempo, verificou-se que a realização de atividades cognitivas simples, como trabalhos manuais, pode diminuir a incidência nessa faixa etária. Os estudos fazem parte de um programa de investigação sobre saúde do idoso, com ênfase na saúde mental, chamado de São Paulo Ageing & Health Study (SPAH) e coordenado pelos professores Marcia Scazufca e Paulo Rossi Menezes, da FMUSP.
O trabalho envolveu 2.072 idosos com 65 anos ou mais, que foram analisados por meio de questionários padronizados. Eles passaram por uma avaliação cognitiva, de estado mental e de diversos fatores de risco para demência, como características sócio-demográficas e saúde.
Na primeira fase do estudo, foram identificados 105 casos de demência, o que equivale a uma prevalência de 5,1%. “É uma incidência alta, semelhante à registrada na Europa”, destaca a pesquisadora Marcia Scazufca.
“A maior parte dos idosos entrevistados tinha menos de 75 anos, enquanto nos países europeus eles se situam em faixas etárias mais elevadas, sendo que a idade é o principal fator de risco conhecido para a demência”, explica. A partir das informações levantadas, foi investigada a associação entre indicadores de desvantagem socioeconômica ao longo da vida e a prevalência de demência.
“Na literatura científica, várias pesquisas apontam uma relação entre uma menor escolaridade e um maior risco de demência”, diz Marcia. Entre os idosos pesquisados, 38% são analfabetos, 52% têm de 1 a 3 anos de estudo e 9% completaram 4 anos ou mais. Dois terços nasceram em zonas rurais, o que dificultou o acesso à escola, e metade teve ocupações braçais ao longo da vida.
Esses fatores levaram cerca de um terço da população estudada a ter uma renda mensal de menos de um salário mínimo. “Entre os idosos que tiveram mais desvantagens sócio-econômicas ao longo da vida, o riso de demência foi cerca de sete vezes maior que o de idosos não expostos a esses fatores de risco”, afirma a pesquisadora.

Prevenção

Na terceira etapa da investigação, avaliou-se o possível papel da alfabetização, ocupação e renda na prevenção da demência. “A partir da fração atribuída na população, estimou-se que 22% dos casos seriam evitados caso todos os idosos pesquisados fossem alfabetizados, número que subiria para 29% se tivessem renda mensal maior que um salário mínimo na época do estudo, e para 38% se tivessem realizado ocupações com algum grau de especialização”, revela Marcia.

Se nenhum idoso fosse exposto a esses três fatores de risco, cerca de 50% dos casos de demência teriam sido evitados”, acrescenta a professora da USP.

Dois anos após a primeira avaliação, 1.243 idosos foram entrevistados novamente. Os pesquisadores verificaram se a participação em 42 atividades (divididas entre sociais, cotidianas, cognitivas e físicas) estava associada ao desempenho cognitivo e ao surgimento de novos casos de demência.
“Entre os idosos reavaliados, 99% praticavam algum tipo de atividade social, 95% faziam atividades cotidianas, 63% desempenhavam atividades cognitivas e 49% mantinham atividades físicas”, aponta a pesquisadora.
“Verificou-se que os idosos que realizavam mais atividades tiveram um menor declínio no funcionamento cognitivo. A maior participação em atividades também esteve associada a um menor risco de desenvolver demência nesse período”, acrescenta Marcia.
Quanto ao tipo específico de atividade desempenhada, a pesquisa também mostrou que idosos que faziam mais atividades cognitivas na inclusão do estudo tiveram um menor declínio cognitivo. As atividades incluíam trabalhos manuais, em madeira e metal, costura (tricô, crochê), aulas variadas, uso do computador, canto, música, jogos, leitura e escrita.
A pesquisadora recomenda que políticas públicas estimulem a participação de idosos em todas as atividades, particularmente nas cognitivas. “Embora parte da população idosa brasileira não seja alfabetizada e não saiba ler nem escrever, há outras atividades simples que podem estimular e preservar as funções cognitivas - como os trabalhos manuais - e, com isso, possivelmente prevenir ou retardar o aparecimento da demência”, ressalta Marcia.
“Os resultados da pesquisa complementam as conclusões de outros estudos com idosos que tem acesso a atividades sofisticadas e requerem alto poder aquisitivo, pois mostram que não apenas as atividades cognitivas sofisticadas, como ir ao teatro ou ler um romance, podem evitar ou postergar a doença", completa a professora da USP.

Fonte: Portal da Educação Física
http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=9584

sábado, 4 de setembro de 2010

As pessoas devem ser ensinadas para a velhice assim como as crianças para a vida adulta



O envelhecimento é um fenômeno fisiológico, progressivo e inerente a todo ser humano. No entanto, ele não será necessariamente patológico, doentio. Iniciando aos 30 anos de idade, o envelhecimento prossegue num rítmo de 1% ao ano, podendo sofrer uma aceleração quando não estiver associados a bons hábitos diários e a um programa de exercícios diários, pois alguns indicadores começam a surgir: rugas, linhas de expressão,pele e músculos perdem tonicidade, aumenta a porcentagem de gordura, a visão e audição são reduzidas, os ossos se afinam e se tornam quebradiços. A vitalidade e a resistencia declinam progressivamente dificultando a realização das atividades. A pressão arterial sofre alterações...Paralelamente, mutações celulares começam a fugir do nosso controle provocando tumores malígnos que matam uma pessoa a cada 3, principalmente após os 65 anos de idade.
No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiencia e capacidade físico-motora, à medida que envelhecemos, não se deixa de ser possível manter um nível relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos.
"Aqueles que mantem uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre privilegiados"
"CADA UM DE NÓS COMPÕE A SUA HISTÓRIA E CADA SER EM SI CARREGA O DOM DE SER FELIZ" Almir Sater.

Consulte sempre profissional de Ed. Física especialista. Existe uma ciencia atrás do seu Personal Trainer

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Saiba a diferença e procure a orientação certa


Nutricionista, Nutrólogo e Endocrinologista. Qual devo procurar?


Segue abaixo, as definições dos profissionais citados e as diferenças entre eles:

Fontes de consulta: CFN (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS ) E ABRAN (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA)

Nutricionista é o profissional que cursou por cerca de 4 a 5 anos a faculdade de nutrição e que segundo a legislação é o ÚNICO profissional a prescrever dietas, pois dentre estes 4 a 5 anos dedicou seus estudos apenas à alimentação humana, isso sem contar as possíveis especializações feitas após a graduação. O nutricionista após avaliação nutricional e diagnóstico clínico, prescreve um tratamento dietoterápico (cardápio e deteminadas condutas de acordo com o objetivo), e se precisar lança mão também de suplementos e fitoterápicos. O nutricionista não pode prescrever medicações e nem solicitar internações.

Nutrólogo é um médico que fez uma especialização em nutrição (pós, mestrado) e após uma prova específica, recebeu a obtenção do título. Ele possui maior conhecimento de nutrição do que outros médicos, e é capaz de avaliar carências de nutrientes no organismo, além de tratar obesidade e infecções gastrintestinais. Como qualquer médico, pode prescrever medicamentos e dar orientações nutricionais (orientação é diferente de prescrição de dietas).
Nenhum médico (nem mesmo o nutrólogo) está legalmente habilitado a prescrever dietas. O nutrólogo se diferencia mesmo do nutricionista no fato de poder prescrever medicamentos e de somente poder dar orientações alimentares gerais, como por exemplo: comer mais frutas, mas sem poder dizer o quanto de fruta aquela pessoa deve ingerir por dia. Já o nutricionista está capacitado para calcular e dizer o que e quanto aquele indivíduo pode comer.

Endocrinologista é um médico especialista em endocrinologia que tem como principal função, estudar o funcionamento dos hormônios no organismo humano.

As principais áreas de atuação do endocrinologista são: o tratamento de diabetes, obesidade e alterações hormonais em geral (desordens da glândula tireóide, alterações do ciclo menstrual e outras doenças relacionadas à deficiência ou ao excesso de hormônios). Ele não está habilitado a prescrever dietas e assim como o nutrólogo, pode dar orientações alimentares gerais, sem especificações individualizadas e pode prescrever medicamentos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Os Benefícios do Treinamento de Força para a Saúde no Envelhecimento




Entende-se por uma boa qualidade de vida, o indivíduo sentir-se apto para realizar qualquer atividade que exija uma aptidão física tendo um dispêndio mínimo de energia, não encontrando limitações para suas tarefas.

A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento é cada vez mais discutida e analisada no meio acadêmico. Atualmente, existe um consenso entre os profissionais da área de saúde: a atividade física é um fator determinante no processo de envelhecimento.

As evidências epidemiológicas nos dão respaldo para entender que a atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo, são necessários para a promoção da saúde e qualidade de vida. O treinamento de força faz parte de um programa global de exercícios físicos, resultando em aumento significativo nos ganhos de força, resultando em benefícios musculares e ósseos. Com isso, o idoso consegue por mais tempo, manter-se apto a desenvolver suas atividades diárias.
SARCOPENIA

O processo degenerativo do organismo acentua-se a partir dos 60 anos, trazendo como conseqüências, uma significante diminuição de massa muscular e da força. Dr. Willians Evans, nos anos de 1990, parece ter sido o primeiro a utilizar o termo sarcopenia, se referindo a uma diminuição da massa muscular a medida em que envelhecemos. Acredita-se que, quando o peso corporal se mantém constante ao longo dos anos, é possível que algum grau de sarcopenia esteja ocorrendo, pois estudos têm evidenciado modificações na composição corporal (aumento da gordura corporal e redução da massa muscular). Estudos mostram que a redução do tamanho das fibras musculares individuais ocorre primordialmente nas fibras musculares tipo II (contração rápida). Desse modo, muito da redução da força está relacionada à hipotrofias seletivas das fibras musculares do tipo II.

A força é uma componente importante para atividade diária do idoso. Através dela, o idoso consegue manter por mais tempo, suas capacidades funcionais, não perdendo sua autonomia.
OSTEOPENIA

O sedentarismo e o envelhecimento promovem, na saúde óssea, um declínio da densidade mineral óssea (DMO - quantidade máxima de tecido ósseo alcançado durante a vida) ou no conteúdo mineral total. A osteoporose, cujo significado é osso poroso, constitui uma doença esquelética sistêmica, caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea e sua deterioração, aumentando a fragilidade e susceptibilidade a fraturas. Representa na atualidade, um dos maiores problemas da saúde pública, sendo uma das principais causas de fraturas em indivíduos da terceira idade e em mulheres pós-menopáusicas, provocando morte prematura, incapacidade física e grandes gastos médicos.

Os exercícios têm papel fundamental não só na profilaxia, como também no tratamento da osteoporose. Entretanto, a forma como estes estimulam o aumento da DMO, não está bem elucidado. Adultos que apresentam um melhor nível de condicionamento físico possuem DMO maior do que sedentários. A tensão ao suporte de cargas e a contração muscular são dois fatores de grande relevância. O aumento da DMO ocorre nas regiões estimuladas por sobrecarga gravitacional ou por contrações razoavelmente intensas.Com isso, os maiores níveis de DMO foram encontrados em levantadores de peso (esforços curtos e de alta intensidade), seguidos por corredores de longa distância (moderados de longa duração).

Em ambos atletas, os efeitos osteogênicos foram máximos. Acredita-se que o exercício proporciona aumento de DMO, assim como de massa muscular (hipertrofia), a partir de micro lesões provocadas por estresse físico. Estas levam a pensar que a sobrecarga tensional estimula o tecido ósseo a ponto de produzir alguma substância estimulante da osteogênese. Usando o conceito de limiar de fratura, que é definido como a DMO abaixo do qual existe um aumento significante no risco de fraturas, a intensidade do exercício tem que ficar abaixo desse limiar e acima do nível de homeostase. Cada osso tem seu limiar específico para quantidade de estresse necessário para produzir hipertrofia. Sendo assim, o treinamento de força parece ser o mais eficaz no aumento de DMO.

A prevenção da osteoporose começa na infância com uma nutrição adequada e atividade física regular, aumentando assim o pico de DMO e diminuindo a perda óssea.
BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA

Ao longo dos anos, tem-se estudado a respeito dos benefícios do treinamento para o ganho de força, que possui relação direta ao ganho ou manutenção da massa muscular. É importante mantermos a força conforme envelhecemos, porque ela é vital para a saúde. Seu pico está entre 20/30 anos e estabiliza ou diminui durante os 20 anos seguintes. Após 60 anos tanto homens quanto mulheres decrescem em força, sendo nas últimas, pior na ordem de 5% ao ano.

Estudos demonstram que, entre 60/70 anos, a força diminui em 15%, e após, em aproximadamente 30%. Com o envelhecimento, a perda de força é maior em membros inferiores que superiores, e que, com o treinamento de força, esse ganho é maior em membros inferiores do que em membros superiores.
Para comprovar o ganho de força, foram realizados testes em idosos e observou-se que em programas de treinamento de alta e baixa intensidade, houveram ganhos significativos de força. No entanto, o ganho de massa muscular, não foi proporcional ao ganho de força.

A capacidade para o aumento de força muscular está preservada em idosos. Verificou-se um aumento significativo no tamanho do músculo observado através de tomografia computadorizada, evidenciando também, hipertrofias na área das fibras musculares tipo II e sem mudanças significativas das fibras tipo I.
Esses resultados só foram obtidos através de testes em programas de treinamento de força de alta intensidade.
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO

Para desenvolver um programa de treinamento de força para idosos, o melhor programa é o individualizado, para atender às variações da capacidade funcional do indivíduo respeitando suas condições de saúde. O treinamento de força deve ser parte de um estilo de vida que desenvolva o condicionamento físico em caráter permanente. É necessário haver uma reavaliação contínua dos objetivos e do planejamento do programa para obter resultados ótimos. Quando a intensidade do exercício é baixa, somente modestos incrementos na força são alcançados por sujeitos idosos.
É necessário no início do treinamento, usar intensidade mais baixa, mas, que esta seja capaz de promover adaptações no músculo. A escolha de equipamento correta para permitir a manipulação de cargas tão baixas exige muito cuidado. Deve ser incluído no programa pelo menos um exercício para os principais grupamentos musculares, tomando cuidado para que a amplitude correta do movimento possa ser alcançada e o indivíduo possa controlar com segurança a carga.
Em conclusão, o fortalecimento muscular em idosos, em particular, destaca -se como uma das principais medidas terapêuticas e profiláticas. Sabe-se dos seus benefícios em relação ao aumento da densidade óssea, massa e força muscular, o que pode levar à independência e reintrodução do idoso na sociedade. Sendo assim, é fundamental o engajamento do idoso em um programa regular de exercícios físicos que englobe o treinamento de força.
FONTE - Simão, R. Fundamentos Fisiológicos para o Treinamento de Força e Potência. Editora Phorte. São Paulo.

Rosmeire Paixão – Personal Trainer
Professora de Educação Física
Especialista em Atividade Física e Qualidade de Vida pela UNICAMP
Musculação e Treinamento de força pela UNIFMU
Pós graduanda em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho
CREF 11382-G/SP

sábado, 31 de julho de 2010

Envelhecer é inevitável, mas envelhecer de forma saudável é uma opção nossa


O número de idosos no Brasil cresceu mais de 200% nos últimos 20 anos. Isso ocorreu porque ocorreram melhorias nas condições de saneamento, alimentação, educação e saúde. Com esse crescimento há maior procura pela qualidade de vida, buscando ser mais saudável e evitando doenças mais frequentes nessa faixa etária. O processo de envelhecimento atinge todo o corpo, cada órgão vai reduzindo aos poucos suas funções, alterando assim, o seu funcionamento geral. O processo de envelhecimento varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciado tanto por fatores genéticos como pelo estilo de vida. Ele gera alterações no organismo, como a diminuição da capacidade respiratória e cardiovascular, o aumento da pressão arterial, a perda da massa óssea e das sensações com a diminuição da sensibilidade dos sentidos e das funções motoras. Contudo, esses problemas podem ser prevenidos durante a vida.
Para evitar problemas e doenças que surgem nessa faixa de idade, como hipertensão, osteoporose, diabetes, arterosclerose, pode ser adotado um programa equilibrado com atividades físicas e alimentação balanceada, que quando orientadas por um profissional especializado, previnem e até retardam o desenvolvimento de doenças. A prática regular de exercícios faz com que a pessoa se sinta bem tanto fisicamente como mentalmente e tenha mais alegria de viver. Quando não se pratica atividade física e ainda não se tem uma alimentação equilibrada os riscos de contrair precocemente essas doenças, é muito maior e prejudica a qualidade de vida, gera obesidade, problemas na coluna e entre outros problemas que poderiam ser prevenidos. Alimente-se de maneira adequada evitando os excessos ou as bebidas alcoólicas. Além da soja e do germe de trigo que são ótimos auxiliadores para uma dieta saudável, outros alimentos em particular são importantes para prevenir o envelhecimento com saúde. A cenoura, por exemplo, tonifica a pele; as frutas vermelhas combatem os radicais livres; o iogurte se encarrega de manter os probióticos, regulando o intestino; o abacaxi ajuda a combater a acne e fortalece o colágeno mantendo a firmeza da pele; a uva estimula as funções do fígado, dando mais disposição e uma pele mais bonita e a castanha do Pará contribui para o enrijecimento, mantendo a elasticidade natural da pele. O Ômega 3 encontrado em peixes como o salmão e sardinha retarda envelhecimento de células . Lembre-se sempre de beber bastante água também.
O sedentarismo acentua em muito as alterações causadas pela idade, gerando prejuízos à qualidade de vida e à saúde. Por isso, faça exercícios físicos regularmente, de acordo com a sua capacidade física. Algumas sugestões são a musculação, caminhada, a natação ou hidroginástica, alongamento, ginástica e a dança, entre outras. Mas, nunca faça exercícios sem antes consultar um médico, pois este deverá avaliar o seu quadro físico e sua saúde. Seguindo essas dicas e sendo acompanhadodo por um especialista você poderá certamente ter uma vida mais longa e saudável.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Morte de idosos por quedas cresce cinco vezes em SP


Em oito anos, o número de idosos que morreram após sofrer quedas cresceu quase cinco vezes no Estado de São Paulo, de acordo com dados da Secretaria de Saúde divulgados nesta sexta-feira (23). O levantamento, feito com base em informações referentes ao período entre 2000 e 2008, alerta sobre a importância de prevenir esse tipo de acidente entre os idosos e também para os cuidados médicos após a queda. De acordo com o relatório, as mortes após esses acidentes saltaram de 253 em 2000 para 1.240 em 2008. No mesmo período, a mortalidade cresceu quase quatro vezes: o índice passou de 7,63 mortes para cada 100 mil idosos em 2000 para 28,42 oito anos depois. A secretaria diz que os dados refletem o envelhecimento progressivo da população, com o aumento da expectativa de vida, e também que os casos estão sendo mais notificados. O número de quedas costuma crescer à medida que a pessoa fica mais velha. Entre os 65 e 74 anos de idade, 32% dos idosos registram alguma queda no ano. Na faixa etária entre 75 e 84 anos, o índice cresce para 35%. Acima dos 85 anos, 51% dos idosos caem ao menos uma vez em 12 meses. Anderson Della Torre, médico geriatra e coordenador clínico do IPGG (Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia), afirma que as quedas causam a morte do idoso não pelo acidente em si, mas, sim, pelas complicações durante a recuperação. Isso acontece porque o paciente tem de ficar de cama, o que abre espaço para uma série de problemas como a trombose, que é a formação de coágulos nos vasos sanguíneos. A consequência mais temida desse problema é a embolia pulmonar, em que o coágulo se desloca para o pulmão, o que pode levar à morte. Ficando deitado, o paciente também tem menor capacidade de expansão dos pulmões, o que dificulta a respiração. O idoso também sofre para eliminar secreções do corpo, ficando mais sujeito a doenças. Infecções na pele e no sistema urinário também são comuns em idosos acamados.O médico diz ainda que é importante “colocar o idoso em pé”, iniciando o tratamento com fisioterapia, já nos primeiros dias após a fratura ou a cirurgia de correção para evitar esses problemas. O geriatra diz que é preciso saber as causas das quedas, que podem ser evitadas.Nas crianças, a febre é um sinal de doença, de que algo está errado. Nos idosos, a queda cumpre esse papel. Quando o idoso cai duas vezes em seis meses, ele já é classificado como “caidor crônico”. Então você faz uma investigação para indicar os motivos disso. É preciso descartar causas externas, como obstáculos ou móveis fora do lugar, e verificar se é um motivo de saúde, se ele não estava consciente, teve um mal estar e caiu. Ele cita que o uso de remédios não adequados para a idade pode ser uma das causas desses acidentes. Para o especialista, é importante que o idoso seja tratado adequadamente não só para evitar a morte, mas também para que ele tenha uma boa qualidade de vida após a recuperação.Depois que o idoso cai, há questões sociais psicológicas e sociais que precisam ser observadas. Provavelmente ele vai ter mais medo de se expor ao risco, de sair à rua, o que pode evoluir para o isolamento social. Ele precisa ter uma boa reabilitação para não perder a autonomia e continuar a tomar banho sozinho, lavar roupa, estender roupa no varal, ir ao banco.
Falta de atividade física após o acidente complica a vida da população

publicado em 23/07/2010
Felipe Maia, do R7




terça-feira, 20 de julho de 2010

Estudo indica, mais exercício e menos remédio, para mulheres acima de 60 anos


Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.

A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado “Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família”, realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.

Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.

“Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine”, disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.

Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.

Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. “Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos”, disse.

As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.

O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.

Economia de medicamentos

Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.

“Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento”, disse a orientadora.

A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.

O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. “Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina”, comentou a professora da Unifesp.

Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. “A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares”, disse.

As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.

A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. “Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina”, disse.

Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. “A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física”, sugeriu.

Fonte: Agência USP de Notícias

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém


Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio USA

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez: Regina Brett

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e
familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14 . Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte..

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você...

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa = morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos noss os mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.


42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

Regina Brett

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eu prometo a mim mesma(o)



mensagem do livro " Lei da Atração " ( Michael Losier )


Eu prometo a mim mesma (o)

Ser tão forte que nada poderá afetar minha paz de espírito.
Falar em saúde, felicidade e prosperidade a todas as pessoas que eu encontrar.
Fazer com que todos os meus amigos sintam que não há nada tão valioso quanto eles.
Olhar para o lado ensolarado de tudo e fazer meu otimismo tornar-se realidade.

Pensar apenas no melhor, trabalhar apenas pelo melhor e esperar apenas pelo melhor.
Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros como eu sou com o meu próprio sucesso.
Esquecer os erros do passado e fixar-me apenas nas grandes façanhas do futuro.
Mostrar sempre uma expressão de entusiasmo e dar um sorriso para toda criatura viva que eu encontrar.
Dar tanto tempo para meu aperfeiçoamento que não me reste tempo para criticar os outros.
Ser grande diante das preocupações, nobre diante da raiva, forte diante do medo e feliz o bastante para impedir a presença dos problemas.
Pensar bem de mim mesmo e proclamar este fato ao mundo, não através de gritos, mas de grandes ações.
Viver na fé de que o mundo inteiro está a meu lado, enquanto eu for verdadeiro com o melhor que há em mim.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mais idade, mais corrida, mais saúde


A expectativa de vida vem aumentando e pessoas mais velhas descobrem, cada vez mais, os benefícios da prática de esportes, principalmente da corrida, para garantir a qualidade de vida. “A atividade física não reverte o envelhecimento, mas o desacelera”, diz Rosemary Rauchbach, mestre em atividades físicas pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria.
Com os anos, uma série de alterações fisiológicas modificam o funcionamento do corpo. A principal é a perda da força muscular, que primeiro se dá na perna (quadríceps). Além das perdas estruturais, de tamanho e diâmetro de fibras, os músculos perdem conexão com o sistema nervoso e vascular, deixando-os inativos.
Com os músculos, perde-se também a capacidade aeróbia (uma caminhada, por exemplo, torna-se anaeróbia, sem metabolismo de oxigênio, e é preciso parar para descansar várias vezes).
Importante para o funcionamento muscular, o tecido conjuntivo também sofre. “Tudo que é formado por ele [cartilagens e tendões] perde elasticidade, fica mais rígido e menos fluído, dificultando o supor te de impactos”, explica Rosemary.

Lucas Samuel Tessutti, mestre em biologia funcional e molecular pela Unicamp (Universidade de Campinas) e doutorando do LABEX (Laboratório de Bioquímica do Exercício) na mesma universidade diz que, com a idade, diminui a capacidade neuromuscular, cardiovascular e endócrina. Nas mulheres, a redução da produção de estrógeno com a menor produção dos hormônios LH
(luteinizante) e folículo-estimulante (FSH) ainda traz outros problemas.
“Aos 48 anos, tinha osteoporose avançada e a recomendação de caminhar. Os resultados eram lentos e decidi acelerar os passos e correr. Curei a doença e guardo com carinho o último exame. A corrida me trouxe saúde, amigos e admiração”, diz Luzia Paduim Silva, 60.



Comece já!

Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, o sedentarismo, associado a uma dieta inadequada, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, que matam 300 mil pessoas por ano no país. Para Sérgio Perez, doutor em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e membro do laboratório de fisiologia do exercício da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), parte das doenças crônico-degenerativas (como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial e artrose) estão relacionadas aos prejuízos circulatórios.
Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Estadual da Califórnia acompanharam 91 corredores entre 50 e 60 anos para analisar se a corrida influenciava a redução de fatores de risco para contrair doenças cardiovasculares. A conclusão é que, durante o treinamento, os valores de pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicose sanguínea são inferiores (e superiores para os níveis de HDL, o bom colesterol) em comparação aos valores de indivíduos sedentários da mesma idade.
Por isso, não importa a idade, é hora de calçar o tênis e correr. Prova disto é que recentemente o canadense Ed Whitlock, aos 73 anos, fez 2h54min48s em uma maratona, tornando-se o primeiro homem com mais de 70 anos a finalizar os 42 km em menos de três horas.
Matéria da revista Sports Medicine mostrou os resultados de uma pesquisa realizada com atletas de alto nível depois que deixaram as pistas,e verificou que a perda da capacidade cardiovascular (consumo máximo de oxigênio – VO2 Máx) é maior para os que pararam de treinar.
A cada década o declínio da capacidade cardiovascular é de 0,5% para indivíduos treinados, 1% para indivíduos moderadamente treinados e 1,5% para indivíduos não-treinados. Ou seja, a perda cardiovascular é três vezes maior para aqueles que se tornaram sedentários.
“A capacidade oxidativa (aumento do tamanho e no número de mitocôndrias – produtoras de energia, aumento do tamanho e da quantidade de capilares sanguíneos e do número de fibras lentas) tende a ser menor com o envelhecimento, mas permanece mais alta após um período de treinamento”, explica Tessuti.
Além da saúde, a corrida traz ainda o benefício estético. “O envelhecimento da pele é causado pela diminuição da produção do colágeno”, explica Christiana Moron, mestre em dermatologia pela USP, membro da Academia Americana de Dermatologia e do Instituto Vita. Mas a atividade física regular e de intensidade moderada ativa a circulação sanguínea e estimula a produção de colágeno, minimizando o processo.

Fonte: O2 por Minuto

segunda-feira, 5 de julho de 2010

QUALIDADE DE VIDA e OSTEOPOROSE

Os efeitos da menopausa na pele da mulher


O lado bom é que acabou a TPM. O lado não tão bom assim é que, quando chega, a menopausa vem acompanhada de uma série de inconvenientes. São ondas de calor e suor, surtos de mau humor, dificuldade para dormir. E tem mais. Com a diminuição dos estrógenos, hormônios femininos, o envelhecimento da pele se acelera. A pele muda – e muito.
Uma das mudanças é a perda de colágeno, proteína que dá sustentação e firmeza à pele. Estudos indicam que a diminuição do colágeno se relaciona mais com o tempo transcorrido desde a menopausa do que com a idade cronológica. A partir da menopausa, a pele perde de 1 a 2% de seu colágeno a cada ano. A elasticidade da pele também é prejudicada e, assim, a flacidez toma posse do corpo.
A diminuição dos estrógenos também faz a pele perder sua capacidade de se manter hidratada. O ressecamento pode ser tão intenso que a pele coça e descama, principalmente nos braços e nas pernas.
O resultado disso? Pele fina, frágil, ressecada, flácida e propensa a rugas. Também fica mais suscetível a ferimentos e hematomas após machucados leves. E os cabelos, acompanhando a pele nessa jornada, também ficam finos, frágeis e ressecados, além de mais ralos. Em mulheres com tendência genética à calvície feminina, o quadro piora após a menopausa.

Reposição hormonal: vale a pena?

É sabido que a reposição hormonal melhora a qualidade da pele. Aumenta a hidratação e contrabalança a tendência a rugas. Também os cabelos são beneficiados. Isso seria ótimo se não existisse o lado ruim: infelizmente, o tratamento tem riscos. Pode aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de mama, por exemplo. Também aumenta as chances de aparecimento de coágulos no sangue e, até, de um ataque cardíaco. Assim, embora a reposição hormonal melhore a qualidade de vida após a menopausa, cada mulher deve avaliar com seu ginecologista os prós e contras do tratamento. E, independentemente da decisão tomada, procure ajuda do dermatologista.

Ajude sua pele e seus cabelos

1. Use diariamente hidratante em todo o corpo. O melhor momento para a aplicação é logo após o banho, com a pele ainda quente e úmida. Se pernas, braços ou qualquer outra parte do corpo estiverem muito ressecados, reaplique o hidratante ao longo do dia.

2. Evite banhos demorados, que ressecam a pele. Evite também água quente e não use muito sabonete. Jamais use bucha no banho.

3. Use cremes faciais nutritivos, com anti-oxidantes e ácidos que estimulam a formação de colágeno. O ideal é que o creme à base de ácido seja prescrito por dermatologista, pois cremes vendidos sob prescrição costumam ser mais potentes. Mas se você escolher o seu na farmácia, procure creme à base de retinol, vitamina C, vitamina E, soja ou ácido hialurônico.
Existem tratamentos anti-flacidez mais intensos, que podem ser feitos sob orientação de um dermatologista. Duas boas opções são a luz infravermelha e a radiofreqüência, que estimulam a proliferação de fibras de colágeno. O uso de comprimidos à base de soja e de outros antioxidantes vem sendo cada vez mais valorizado, pois preservam o colágeno da pele. Para os cabelos, além de cremes e máscaras hidratantes, existem loções tópicas e medicamentos por via oral que estimulam o crescimento dos fios.

Fonte: Veja.com

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Atividade física atrasa o envelhecimento. E a lista de benefícios aumentou!


Atividade física faz com que as pessoas se sintam mais dispostas, ajuda a controlar o peso, colabora com a saúde. E a lista de benefícios aumentou. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, Estados Unidos, tende ainda a reduzir a velocidade do processo de envelhecimento.

A ginástica traz níveis crescentes da enzima telomerase, responsável por adicionar uma repetição de DNA nos telômeros (sequências de DNA situadas em cada ponta dos cromossomos relacionadas à reposição celular) e, assim, restaurar a capacidade de multiplicação celular e retardar o envelhecimento dos tecidos. Durante os anos, a função da telomerase declina e os telômeros se encurtam.

Os cientistas analisaram 62 mulheres na pós-menopausa, sendo que muitas delas cuidavam de parceiros ou pais com demência. Elas tiveram de relatar quantos minutos de atividade vigorosa (com aumento da frequência cardíaca e/ou da transpiração) fizeram por dia e quão estressadas se sentiam, além de fornecer amostras de sangue para que a equipe medisse o comprimento dos telômeros.

De acordo com o jornal Daily Mail, a conclusão é que um período de cerca de 15 minutos diários destinados a suar a camisa conseguiu parar a diminuição das sequências de DNA situadas em cada ponta dos cromossomos. Fora isso, exercitar-se vigorosamente por 42 minutos ao longo de três dias também protegeu o comprimento dos telômeros.

Os resultados mostram que estresse psicológico promove envelhecimento de células por meio do encurtamento dos telômeros e que até as mulheres muito estressadas foram capazes de bloquear o processo ao afastar o sedentarismo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Enquanto Houver amizade



Enquanto Houver amizade

Pode ser que um dia deixemos de nos falar
Mas enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe
Mas, se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos
Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos
Mas, se ainda a amizade sobrar, nasceremos um para o outro
Pode ser que um dia tudo acabe,
Mas com a amizade construiremos tudo novamente
Cada vez sendo de forma diferente, sendo único e inesquecível.
Cada momento que juntos viveremos nos lembraremos para sempre.
Há duas formas de viver sua vida,
Uma é não acreditar em milagres,
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre...

Uma homenagem a todas as pessoas de todas as idades que de alguma forma fizeram ou ainda fazem parte da minha vida

Obrigada

Rosmeire Paixão

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dê atenção especial às pernas. Faça o máximo que puder por elas




Seu quadríceps será sua "muleta" perfeita.

Muitos homens exercitam os bíceps e os peitorais, mas se esquecem de trabalhar as pernas. Nada inteligente. Quando elas falharem, esses cavalheiros estarão fritos!Terão que escolher entre bengala, o andador e a cadeira de rodas. Nada é mais importante do que evitar isso. São os quadríceps que absorvem os impactos sofridos pelo corpo. Torná-los mais fortes é a melhor coisa que podemos fazer para evitar problemas nos joelhos e diminuir o risco de quedas e lesões. Além disso, como são os maiores grupos musculares do corpo, fortalecê-los fará com que queimem mais calorias, mesmo em repouso. Portanto, quando estiverem dúvida sobre qual exercício executar, opte por trabalhar os quadríceps.

Consulte sua personal trainer em www.vivaemplenaforma.com.br

terça-feira, 18 de maio de 2010

Idade não é empecilho para quem quer se exercitar


Os hábitos e costumes de vida contribuem para se chegar à longevidade, mas para os 100 anos, a genética é determinante

A feição da pele, a memória e o raciocínio já não são mais os mesmos, assim como as facilidades de locomoção de outrora. Apesar disso, uma das grandes vantagem de se chegar à velhice é a clareza com que se vê a vida, sob uma ótica privilegiada de conjunto que os mais jovens não têm. É a chamada sabedoria do idoso. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que, em 2050, teremos muito mais pessoas idosas, com 60 anos de idade ou mais, do que pessoas jovens, com zero a 14 anos. Eles representarão cerca de 30% da população, enquanto os jovens, em torno de 13%. Mas um grupo, em especial, tem chamado a atenção. Trata-se daqueles que chegam a um século de vida ou mais. De acordo com o último censo demográfico do IBGE, existiam no Brasil, no ano 2000, 24.576 centenários. No Ceará, esse grupo somava 1.089 pessoas, dos quais 449 homens e 640 mulheres. Muito mais que chamar a atenção para as estatísticas, os centenários representam o modelo ideal de longevidade para a humanidade. Pelo menos é o que acredita o geriatra e coordenador do Centro de Atenção ao Idoso da Universidade Federal do Ceará (UFC), João Macêdo Coelho Filho. O médico destaca que eles vivem até a idade extrema relativamente isentos de doenças. Em muitos não se encontra doença alguma, vivem de forma relativamente ativa e independente. Contudo, eles têm outra característica, quando adoecem, entram em incapacidade e rapidamente morrem.
Os centenários, ao contrário do que muitos pensam, são um grupo à parte entre os idosos. Para eles, um fator é determinante para atingirem tal idade: o genético. Já para a população como um todo, os hábitos e estilos de vida são os fatores mais importantes.
No Brasil, a rapidez com que a população está envelhecendo tem chamado a atenção. Segundo o geriatra, numa velocidade nunca vista na história da humanidade. Ele aponta dois fatores como determinantes para esse envelhecimento: a diminuição da taxa de mortalidade e a diminuição da taxa de fecundidade. "No futuro, vamos ter possivelmente um cenário de idoso cuidando de idoso e cônjuge cuidando de cônjuge", previu o médico João Macêdo.
Preocupado com as projeções futuras, o especialista diz que temos que ter pressa, em termos de organização de serviços, para fazer frente a esse rápido processo de envelhecimento da população, principalmente na área da saúde, onde ainda estamos muito despreparados. "Basta dizer que nós não temos nenhum centro especializado no atendimento ao idoso e muitas necessidades, em termos de saúde da população idosa, não têm como serem atendidas pelo Sistema Único de Saúde. Seria muito mais prioritário para o Ceará um hospital para o idoso do que para a mulher".

Centenário

No dia 26 de fevereiro deste ano, o senhor Stênio Telmo Façanha Grangeiro comemorou com os cinco filhos, 19 netos e 20 bisnetos, os seus 100 anos de vida. Ainda lúcido e muito bem humorado, ele revelou que o segredo para chegar a esse marco é "viver e não morrer".
Ainda hoje, "Seu" Stênio come de tudo, feijoada, camarão, linguiça, farofa e, de vez em quando, até bebe uma cervejinha. E não abre mão de tomar, diariamente, um cálice de vinho do porto no almoço.

"E eu já fiz 100 anos? Sou capaz de jogar futebol e ganhar", brincou "Seu" Stênio, para depois cair na gargalhada. Pescar, tomar banho de mar, plantar e assistir a lutas de boxe, são suas atividades favoritas. Em uma pescaria, em Águas Belas, litoral leste do Estado, fisgou, de uma só vez, dois peixes enormes. Fato comprovado pelas fotos estampadas na parede da sala de sua residência.
Sem pestanejar, disse que não se arrepende de nada que fez em sua vida, apenas de algumas coisas que deixou de fazer, mas essas, prefere não comentar. Começou a trabalhar ainda cedo, aos 15 anos, no London Bank e lá permaneceu durante 45 anos, até se aposentar. "Seu" Stênio conta que um dos momento mais marcantes de sua vida foi quando arranjou o emprego. "Eu era um rapaz novo, metido a namorador, e fiquei muito feliz quando fui contratado", admitiu. Com saudades lembra de viagem que fez ao Pantanal, no Mato Grosso e assegura: "ainda vou voltar lá".

Prática esportiva sempre

Um bom exemplo de que idade não é empecilho para quem quer se exercitar é o do aposentado José Freitas de Almeida. Ele está chegando aos 70 de idade, em plena atividade. "Não tem idade para o esporte, pois com saúde a pessoa tira qualquer atividade física de letra", disse. Em 2010, Freitas completa 51 anos de atletismo. Mas atualmente, devido a uma prótese na perna direita, está impossibilitado de correr. Apesar do problema, não deixou de se exercitar. Todas as terças e quintas pratica atividades físico-respiratórias e de alongamento, na Avenida Beira-Mar. "A gente chega quebrado e saí inteiro. Estou chegando a essa idade graças ao esporte. Dou de chinelo na garotada", brincou.

Envelhecimento do corpo

São várias as mudanças e manifestações que o corpo humano passa quando começa a envelhecer. Elas facilmente podem ser observadas. São alterações no sistema ósseo, no sistema muscular e na composição corporal. Além de mudanças no sistema somatosensorial, que afetam o equilíbrio corporal. A fiscal do Conselho Regional de Educação Física, Jaina Bezerra de Aguiar, explicou que a partir dos 40 anos, a estatura da pessoa pode começar a diminuir cerca de um centímetro por década, mas a partir dos 70 anos, essa redução é acentuada. A especialista diz que as mudanças são consideradas biologicamente normais e evoluem progressivamente. Porém, ela diz que podem ocorrer variações individuais, uma vez que cada pessoa envelhece de um modo.
A prática de atividade física, além de promover a saúde, previne doenças, principalmente as crônico-degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e osteoporose. Em pessoas com patologias já diagnosticadas, a prática de exercícios pode contribuir no controle das doenças, evitando a sua progressão e até mesmo possibilitando a sua reabilitação. Além de proporcionar também um bem estar para o mente. "A pessoa começa a apresentar melhoras na autoestima, nos níveis da memória, ter um maior senso de independência e ainda reduz os quadros de depressão e ansiedade",

OPINIÃO DO ESPECIALISTA - João Macêdo Coelho Filho (Geriatra e professor da UFC)
Fatores para atingir a longevidade

Quando falamos em longevidade, estamos falando em uma dimensão quantitativa, de quanto tempo se vai viver. Mas o mais interessante é pensar em uma dimensão qualitativa, de envelhecimento saudável. A tendência hoje, é que esse termo seja substituído por envelhecimento ativo. Que significa atingir uma idade avançada, mas com capacidade para desenvolver projetos, se relacionar com as pessoas, ter autonomia para decidir o que quer para si, realizar atividades sem necessidade de ajuda dos outros. Na medida em que envelhecemos, a probabilidade de adquirirmos doenças aumenta muito, o que não significa dizer que não possamos gozar do envelhecimento ativo, contribuindo de alguma forma para o desenvolvimento da sociedade. Não é muito salutar se vender a ideia de que a idade avançada é uma maravilha ou mesmo que venha a ser a melhor idade, não é bem assim. O que torna essa idade interessante não é a ausência dessas adversidades, mas a forma de lidar com elas.
Para a população, de uma maneira geral, os fatores que contribuem para se atingir a longevidade são os hábitos e estilos de vida. Aqui entra alimentação, atividade física, a questão do cigarro, do fumo. Outro fator é a questão do ambiente em que se vive. Além, disso, tem também os aspectos sociais; que incluem o suporte da família. Outro aspecto é o existencial, que tem a ver com espiritualidade, a visão de mundo: por que estou aqui? Quais os meus objetivos? Qual a minha função social? Vários estudos demonstram que as pessoas que estão envolvidas com tarefas voluntárias, tendem a ter muito mais longevidade do que as pessoas que não tem essa postura. Por último, têm ainda os fatores econômicos, que é a questão da renda, do maior acesso aos serviços de saúde.