quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os Benefícios do Treinamento de Força no Aumento da Densidade Mineral Óssea em Mulheres Menopausadas Associada à Dieta Rica em Cálcio


Por Rosmeire Paixão - Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho 2011

Nos últimos anos, vários fatores relacionados à ocorrência de baixa densidade mineral óssea (DMO) tem sido identificados: idade avançada, sexo feminino, antecedente de osteoporose na família, menopausa precoce, baixa ingestão de fontes biodisponíveis de cálcio, alta ingestão de sódio, café, tabagismo, álcool, além do sedentarismo e uso de medicamentos. O Exercício Físico (EF), mais precisamente o Treinamento de Força (TF), tem sido demonstrado como um meio eficaz na prevenção e tratamento não farmacológico para mulheres que passam, após o período da menopausa, a apresentar queda na DMO em diferentes sítios ósseos analisados em exames de densitometria óssea. Sendo assim, neste estudo de atualização literária, foram revisados artigos que atendiam aos critérios de inclusão do tema: DMO, mulheres menopausadas, exercício físico à base de treinamento de força e dieta alimentar com cálcio, chegando à conclusão ser fundamental estabelecer programas de exercícios físicos neste período da vida que produzam carga e estresse sobre o tecido ósseo, mais precisamente o treinamento de força, juntamente com uma ingestão adequada de fontes biodisponíveis de cálcio, nutriente principal do conteúdo mineral ósseo.

O treinamento de força e a densidade mineral óssea

Período

Método, intensidade e volume

Amostra

Resultados

9 meses

TF (15 a 10 RM, periodizado, 3x/sem.)

Mulheres (54 anos em média)

Aumento de 1,6% na DMO lombar; diminuição de 3,6% no grupo controle.

2 anos

TF de 3 a 8RM, vs. Grupo de ginástica aeróbica, 3x/sem.

Mulheres pós menopáusicas

Aumento na DMO intertrocantérica (1%) no grupo de TF.

14 meses

TF periodizado entre 50 e 90% 1RM, 2x/sem. + exercícios com saltos

Mulheres entre 50 e 58 anos

Aumento na DMO lombar de 1,3% no grupo de

treino e diminuição na DMO lombar e femoral

no grupo controle

32 semanas

TF periodizado de 50 a 75% de 1RM, 3x/sem.

Mulheres entre 66 e 72 anos

Aumento na DMO do colo femoral (1,7%).

9 meses

TF periodizado, de 65 a 85% de 1RM, 2-3 séries + ginástica aeróbica, 3x/sem.

Mulheres entre 75 e 87 anos

Aumento na DMO lombar (3,5%).

24 semanas

TF de 12 a 15 RM, 3x/sem.

Homens e Mulheres entre 20 e 74 anos

Aumento na DMO do colo femoral, trocanter

maior e triângulo de Ward, e CMO total e da

perna.

É fundamental estabelecer programas de exercícios físicos que produzam carga e estresse sobre o tecido ósseo, mais precisamente o treinamento de força.

A ingestão adequada de fontes biodisponíveis de cálcio, nutriente principal do conteúdo mineral ósseo, associado ao TF devem ser utilizadas como forma preventiva e não farmacológica para combater a degeneração da DMO em mulheres nos primeiros anos após a menopausa, momento em que ocorre o chamado hipoestrogenismo.

Outra forma de prevenção também observada é a necessidade de promover na adolescência, exercícios físicos com estímulos mecânicos suficientes para que o osso alcance maior pico de massa óssea, diminuindo na fase pós-menopáusica, uma acelerada baixa de DMO e possíveis consequências desse processo degenerativo.

Para acessar o estudo completo: http://portal.vivaemplenaforma.com.br/Estudos/tabid/1007/Default.aspx