segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Exercícios físicos podem melhorar o olfato de pessoas idosas



Pesquisa encontrou relação entre prática de atividade física e menor perda olfativa. 

Todos estão familiarizados com os estragos que o passar dos anos pode causar no corpo - mas poucos sabem que a idade também pode afetar nossa habilidade de sentir cheiros. Uma nova pesquisa sugere que um quarto dos adultos com mais de 50 anos têm o olfato prejudicado com o passar do tempo. Entretanto, nem tudo é má notícia: esse mesmo trabalho também descobriu que a atividade física regular pode prevenir o desgaste. Os resultados foram publicados dia 17 de Outubro no JAMA Otolaryngology- Head & Neck Surgery Journal e concluídos por pesquisadores da University of Wisconsin (EUA).

O estudo incluiu cerca de 1.600 pessoas com idades entre 53 e 97 anos, que não tinham quaisquer problemas com o sentido do olfato no início do estudo e foram acompanhados por até 10 anos. Os pesquisadores testaram a capacidade dos participantes para detectar oito odores, como chocolate e café, três vezes ao longo do estudo. A amostragem também respondeu questões sobre seus hábitos diários, como prática de exercícios.

Durante o período de estudo, cerca de 28% das pessoas desenvolveram deficiência em seu olfato, e os resultados mostraram uma ligação entre atividade física e capacidade de cheirar, após o ajuste para idade e sexo. Segundo os autores, as pessoas que relataram se exercitar pelo menos uma vez por semana tiveram uma diminuição do risco de perda olfativa - quanto mais a pessoa fazia exercícios, menor era seu risco de desenvolver o prejuízo.

Não está claro como o exercício pode proteger o olfato de uma pessoa, mas a possível explicação seria que o exercício melhora o funcionamento do cérebro de forma geral, incluindo as áreas responsáveis por reconhecer odores, afirmam os cientistas.

Terceira-idade: mudanças dessa fase afetam paladar, equilíbrio e até olfato

Por muito tempo os idosos foram considerados sinônimos de invalidez, como se fossem velhinhos que não entendem muito bem o que falamos ou que não consegue fazer nada sozinho - mas isso está longe de ser verdade. Hoje vemos muitos homens e mulheres com mais de 60 anos que estão ativos, levando suas vidas com saúde e um sorriso no rosto. 

No entanto, é importante entender que mesmo com essa mudança de paradigma, o envelhecimento chega acompanhado de certas mudanças que na maioria das vezes são deixadas de lado. "Muitas pessoas se preocupam com o declínio cognitivo e ossos mais fracos, mas há outras preocupações menos conhecidas que merecem atenção", explica o geriatra Roberto Dischinger, responsável pelo residencial para a terceira idade Lar Sant'ana, em São Paulo. É importante estarmos cientes dessas mudanças para poder encontrar as melhores formas de contorná-las ou preveni-las, incentivando o envelhecimento saudável. "Cuidados com a alimentação, prática de exercícios, controle de estresse e doenças, assim como consultas médicas periódicas, têm relação direta com a manutenção da qualidade de vida e a prevenção de doenças desde a juventude", afirma o geriatra.


Matéria publicada no site Minha Vida.

terça-feira, 11 de junho de 2013

FÓRUM PERMANENTE NACIONAL DA SOCIEDADE CIVIL PELOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA MATÉRIA SOBRE AUDIENCIA PÚBLICA: DIREITOS DA PESSOA IDOSA: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA Manhã movimentada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Com o plenário lotado de pessoas idosas, inclusive muitos jovens, representações de várias instituições, entidades representativas que defendem o segmento idoso e delegações de vários Estados e do Distrito Federal, entre eles: Pará, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná, foi realizada uma AUDIÊNCIA PÚBLICA com o tema, DIREITOS DA PESSOA IDOSA: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA, no último dia 27 de maio de 2013, às 8h30min, na Ala Nilo Coelho, sob solicitação do Fórum Nacional e presidência do Senador Paulo Paim. O FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DA SOCIEDADE CIVIL PELOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, criado em 25 de novembro de 2010, é uma articulação nacional de Fóruns Estaduais Permanentes, coordenados exclusivamente pela sociedade civil e de caráter permanente, organizado como espaço público legítimo de representação, mobilização, participação social e protagonismo no processo de conquista e defesa de direitos da pessoa idosa. Tal ação objetivou pressionar os poderes públicos constituídos a efetivarem os direitos promulgados na Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso. Para tanto, foi composta uma mesa com oito membros, sendo a presidência do Senador Paulo Paim, quatro representantes dos Fóruns Estaduais: Fórum Metropolitano da Pessoa Idosa, Profª. Terezinha Torres; Fórum Permanente em Defesa da Pessoa Idosa – BA, Dr. Roberto Loyola Monte da Silva; Fórum Permanente da Política Nacional e Estadual do Idoso no Estado do Rio de Janeiro, Srª. Maria José Ponciano; e o Fórum Paranaense da Pessoa Idosa, Dr. José Araújo da Silva. Como também dois representantes governamentais: Dr. Leonardo Guimarães, secretário de Políticas de Previdência Social, representando o Ministério da Previdência Social e a Srª. Neusa Muller Pivatto, Coordenadora da Política para o Idoso, representando a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Além desses, também foi convidado a participar da mesa, o Sr. Florêncio Pimenta, presidente da Federação de Aposentados do Distrito Federal. A manifestação pública, com faixas, bandeiras e cartazes, marcou o protesto das pessoas idosas presentes, especialmente contra o Projeto de lei 4571/2008, que fixa em 40% o número de ingressos reservados à meia-entrada para espetáculos artísticos, culturais e esportivos no país, para pessoas com mais de 65 anos, estudantes e deficientes físicos. Este projeto contraria frontalmente o artigo 23 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), que garante às pessoas com 65 anos ou mais a meia-entrada nesses eventos. Os participantes da mesa também defenderam outros direitos das pessoas idosas, tais como: a manutenção do BPC e sua ampliação, pois ele é um benefício importante da Política de Assistência Social, integrante da Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social, sendo imprescindível ao segmento idoso por suas condições de vulnerabilidade; o fim do fator previdenciário; o instituto da desaposentadoria; as questões de violência contra as pessoas idosas, entre outros temas. O senador Paulo Paim ainda defendeu uma política de valorização do benefício do aposentado e do pensionista, tal como foi feito com o salário mínimo. Outro expositor, o Secretário de Políticas de Previdência Social, Dr. Leonardo Guimarães afirmou que a previdência não está quebrada, conforme divulgação frequente na mídia. No entanto, há uma preocupação com o futuro, já que a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que, em 2050, a população idosa brasileira vai chegar a 64 milhões de pessoas. Ainda segundo o secretário, o resultado da Previdência Social de março de 2013, acumulado em 12 meses, mostra um superávit de R$ 21,7 bilhões na previdência urbana. Entretanto, a previdência rural, que é um sistema semicontributivo, apresenta um déficit de R$ 67,2 bilhões. Também Guimarães reconheceu o fator previdenciário como um problema, mas afirmou que se esse mecanismo é ruim, pior seria se ele acabasse, sem outra alternativa adequada à realidade brasileira. Após comentários sobre o fator previdenciário, o Senador Paulo Paim, também endossou o fim desse instrumento, afirmando tratar-se da pior lei criada depois da ditadura militar. Ainda, para Paim, o instituto da desaposentadoria pode ser usado para combater o fator previdenciário. Atualmente só conseguida por meio de ações na Justiça, a desaposentadoria se dá quando o aposentado continua trabalhando, contribuindo com o INSS e renuncia a essa aposentadoria para pedir uma nova, levando em conta os novos pagamentos. Outra comunicação importante defendida pelo Senador Paulo Paim diz respeito a questão de que o governo não terá gastos com a desaposentadoria, porque os recursos usados serão o dinheiro da própria contribuição do trabalhador. Num clima de esperança e de expectativa, a Audiência foi finalizada com muitas palmas e congratulações, como também prosseguindo numa grande mobilização das delegações estaduais em todo o Congresso Nacional, conclamando os deputados e senadores a apoiarem medidas que não restrinjam os direitos das pessoas idosas. Que os direitos da pessoa idosa sejam plenamente respeitados, pois todos eles são questões de cidadania. Portanto, O ESTATUTO É LEI. CUMPRA-SE! Brasília, 27 de maio de 2013. COORDENAÇÃO NACIONAL DO FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DA SOCIEDADE CIVIL PELOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA www.forumnacional.net.br forumnacional@forumnacional.net.br

domingo, 9 de junho de 2013

Chegar aos 50 anos em boa forma física protege contra o câncer, diz estudo

Um novo estudo oferece mais um motivo para investir no condicionamento físico: diminuir o risco de câncer. Resultados de uma pesquisa com mais de 17 mil homens nos EUA apontam que quem tem um alto nível de condicionamento cardiovascular tem um risco menor de ter câncer e morrer da doença. O benefício independe do IMC (Índice de Massa Corporal), isto é, uma pessoa magra que não se exercite tem um risco maior de ter câncer do que uma pessoa acima do peso que faça atividades físicas, de acordo com o trabalho apresentado no encontro anual da Asco (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), em Chicago. Os resultados também levaram em conta tabagismo e idade. Outros estudos já haviam mostrado que o condicionamento físico é mais importante do que o peso para prevenir doenças. Um deles, publicado no ano passado no "European Heart Journal", concluiu que obesos considerados saudáveis após exames tiveram um risco 38% menor do que os não saudáveis de morrer por qualquer causa. Gordo ativo é tão saudável quanto um magro, dizem estudos Na nova pesquisa, os participantes fizeram um teste de esforço na esteira, usado para prever o risco cardiovascular, por volta dos 50 anos. Os pesquisadores seguiram os voluntários por cerca de 20 anos para ver quem desenvolveria câncer colorretal, de pulmão e próstata. Nesse período, 2.885 homens receberam o diagnostico desses tumores --347 morreram da doença e outros 159 morreram de problemas cardiovasculares. Ao ligar os dados do teste de esforço com o diagnóstico de câncer, os pesquisadores concluíram que os participantes com maior nível de condicionamento tinham um risco 68% menor de ter câncer de pulmão e 38% menor de ter câncer colorretal do que os mais sedentários. Não houve diferença no risco de desenvolver a doença na próstata. Entre os que tiveram câncer, o bom condicionamento físico foi ligado a um risco menor de morte. Para o oncologista Fábio Kater, responsável pelo centro de oncologia clínica do Hospital 9 de Julho e que participa da conferência, já se tinha uma idéia de que o exercício poderia ter esse efeito protetor --um estudo já havia mostrado que, entre as mulheres, o exercício ajuda a prevenir contra o câncer de mama. "A pesquisa tem um peso grande pelo tamanho da amostra e tempo de seguimento. Mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto a longo prazo." Ainda é preciso investigar as razões por trás dessa ligação. A oncologista clínica Veridiana Pires de Camargo, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que algumas hipóteses são a redução da inflamação e da gordura, a melhora da imunidade e até a liberação de endorfinas por causa dos e exercícios. Matéria publicada em portal Folha de S. Paulo

segunda-feira, 25 de março de 2013

Longevidade depende das escolhas diárias

Quando se fala em envelhecimento, o senso comum faz com que lembremos, automaticamente, de senhores de cabelos brancos, recatados a um canto ou uma praça, isolados entre os seus em atividades de pouco movimento. O que a ciência tem comprovado, todavia, é que apesar da idade avançada, o corpo é capaz de responder às atividades físicas e a mente é capaz de aprender. “Tenho uma aluna que foi sedentária até os 82 anos de idade e a médica recomendou que ela começasse a treinar. Ela começou com essa idade e, em um teste de caminhada que apliquei na esteira quando ela chegou, mostrava que ela conseguia caminhar a 2,5. Cinco meses depois ela dobrou a velocidade de locomoção, chegando a 5,2. É um exemplo prático e muito claro do quanto o corpo responde”, destaca Mauro Guiselini, mestre em educação física pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de livros como “Novo Velho: Olhares e perspectivas”. Guiselini conta que o envelhecimento pode ser medido pela idade cronológica, ou seja, quantos anos a pessoa viveu, e também por sua idade funcional: o vigor, autonomia, disposição, vitalidade de uma pessoa. Assim, dois indivíduos com a mesma idade podem ter um envelhecimento distinto por conta da idade funcional. É essa segunda medida que preocupa muitos estudiosos. Afinal, é preciso e possível se preparar para ela com a adoção de um estilo de vida saudável. “Os cuidados devem começar desde o nascimento”, brinca Guiselini que apresenta cinco indicadores básicos para um envelhecimento saudável: 1 – estilo de vida: que envolve uma alimentação saudável e moderada na qual se ingere de tudo; 2 – controle do peso, evitando assim a obesidade e as doenças ligadas ao sobrepeso; 3 – exames médicos: a realização de exames preventivos preconizados pela medicina ajuda a combater doenças que podem vir a prejudicar o envelhecimento. Nessa lista há exames como Papanicolau e mamografia para mulheres, até hemogramas para a checagem de níveis de colesterol, glicemia, triglicérides etc; 4 – administração do estresse: é preciso cuidar do aspecto emocional para não ter um envelhecimento isolado, não ficar sozinho depois que a idade avançar; 5 – prática de exercícios físicos: “estudos mostram que não vai viver mais por conta do exercício, ele não mexe no código genético, mas traz mais energia, vigor e previne algumas doenças”, diz o mestre em Educação Física. Exercícios na terceira idade “O tipo de exercício praticado não parece ser importante para a longevidade. No entanto, os exercícios de fortalecimento muscular são mais essenciais para promover a boa qualidade de vida no envelhecimento, no sentido de independência funcional”, afirma Santarem. Movimentos como sentar, levantar, trocar de roupa, melhora a estabilidade para não cair e até a coordenação motora para melhorar o raciocínio são aprimorados com a prática de atividades físicas. Identificar o que o aluno da terceira idade gosta e o que ele precisa são tarefas do profissional de educação física. As aulas coletivas ainda trazem outros benefícios importantes para o aspecto emocional do idoso: a socialização. Santarem conta que o estado depressivo nos idosos são frequentes e podem limitar de programas de exercício ou até impedir a atividade física. “As limitações produzidas por alterações anatômicas e funcionais do envelhecimento podem ser contornadas com as devidas adaptações dos exercícios.” Julia afirma que é certo que os benefícios biológico e psicossocial caminham juntos e, quando o idoso sai de casa para fazer uma atividade que gosta e lhe faz bem, conhece pessoas, conversa e se desafia, tudo melhora. “O importante é buscar uma atividade física que lhe dê prazer. O maior complicador é o preconceito sobre a atividade física. É achar que não é mais hora de iniciar algo novo, que não será capaz de realizar ou temer a exposição.” “A ciência mostra que qualidade de vida é estar adaptado, se sentindo bem e com suas necessidades e do seu ambiente atendidas, viver com prazer e alegria. É ser e não ter e essa alegria de viver é um dos indicadores do aumento da expectativa de vida. É um estado que depende do estilo de vida e existe interpelação entre os componentes”, conclui Guiselini.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Artrose e exercícios físicos combinam!

Muitas vezes, uma pessoa com artrose, doença causada pelo desgaste das articulações, sente dor e deixa de praticar atividade física e até mesmo as próprias atividades do cotidiano. Segundo o reumatologista Carmo de Freitas, pessoas com artrose ficam sedentárias e isso pode levar ao atrofiamento da musculatura. A partir da atrofia da musculatura, a degeneração articular será cada vez mais rápida. Por isso, o especialista afirma que o exercício físico é muito mais importante do que o medicamento para esse paciente. Os exercícios são sempre indicados, pois favorecem a saúde dos tecidos conectivos e conjuntivos e fortalecem os músculos que protegem as articulações. É considerado o melhor tratamento para tratar lesões em regiões que são estimuladas pela atividade física (joelhos, quadris, ombros). Porém, exercícios de alta intensidade, em excesso ou atividades realizadas de forma errada levam a uma sobrecarga das articulações que podem propiciar a artrose. Uma lesão causada pelo esporte (torção no joelho, por exemplo), pode desestabilizar a articulação e levar a uma artrose no futuro. Por isso, aos pacientes são recomendadas boas doses de uma rotina ativa para aliviar dores e proporcionar melhora dos movimentos! fonte: Portal da Educação Física