segunda-feira, 25 de março de 2013

Longevidade depende das escolhas diárias

Quando se fala em envelhecimento, o senso comum faz com que lembremos, automaticamente, de senhores de cabelos brancos, recatados a um canto ou uma praça, isolados entre os seus em atividades de pouco movimento. O que a ciência tem comprovado, todavia, é que apesar da idade avançada, o corpo é capaz de responder às atividades físicas e a mente é capaz de aprender. “Tenho uma aluna que foi sedentária até os 82 anos de idade e a médica recomendou que ela começasse a treinar. Ela começou com essa idade e, em um teste de caminhada que apliquei na esteira quando ela chegou, mostrava que ela conseguia caminhar a 2,5. Cinco meses depois ela dobrou a velocidade de locomoção, chegando a 5,2. É um exemplo prático e muito claro do quanto o corpo responde”, destaca Mauro Guiselini, mestre em educação física pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de livros como “Novo Velho: Olhares e perspectivas”. Guiselini conta que o envelhecimento pode ser medido pela idade cronológica, ou seja, quantos anos a pessoa viveu, e também por sua idade funcional: o vigor, autonomia, disposição, vitalidade de uma pessoa. Assim, dois indivíduos com a mesma idade podem ter um envelhecimento distinto por conta da idade funcional. É essa segunda medida que preocupa muitos estudiosos. Afinal, é preciso e possível se preparar para ela com a adoção de um estilo de vida saudável. “Os cuidados devem começar desde o nascimento”, brinca Guiselini que apresenta cinco indicadores básicos para um envelhecimento saudável: 1 – estilo de vida: que envolve uma alimentação saudável e moderada na qual se ingere de tudo; 2 – controle do peso, evitando assim a obesidade e as doenças ligadas ao sobrepeso; 3 – exames médicos: a realização de exames preventivos preconizados pela medicina ajuda a combater doenças que podem vir a prejudicar o envelhecimento. Nessa lista há exames como Papanicolau e mamografia para mulheres, até hemogramas para a checagem de níveis de colesterol, glicemia, triglicérides etc; 4 – administração do estresse: é preciso cuidar do aspecto emocional para não ter um envelhecimento isolado, não ficar sozinho depois que a idade avançar; 5 – prática de exercícios físicos: “estudos mostram que não vai viver mais por conta do exercício, ele não mexe no código genético, mas traz mais energia, vigor e previne algumas doenças”, diz o mestre em Educação Física. Exercícios na terceira idade “O tipo de exercício praticado não parece ser importante para a longevidade. No entanto, os exercícios de fortalecimento muscular são mais essenciais para promover a boa qualidade de vida no envelhecimento, no sentido de independência funcional”, afirma Santarem. Movimentos como sentar, levantar, trocar de roupa, melhora a estabilidade para não cair e até a coordenação motora para melhorar o raciocínio são aprimorados com a prática de atividades físicas. Identificar o que o aluno da terceira idade gosta e o que ele precisa são tarefas do profissional de educação física. As aulas coletivas ainda trazem outros benefícios importantes para o aspecto emocional do idoso: a socialização. Santarem conta que o estado depressivo nos idosos são frequentes e podem limitar de programas de exercício ou até impedir a atividade física. “As limitações produzidas por alterações anatômicas e funcionais do envelhecimento podem ser contornadas com as devidas adaptações dos exercícios.” Julia afirma que é certo que os benefícios biológico e psicossocial caminham juntos e, quando o idoso sai de casa para fazer uma atividade que gosta e lhe faz bem, conhece pessoas, conversa e se desafia, tudo melhora. “O importante é buscar uma atividade física que lhe dê prazer. O maior complicador é o preconceito sobre a atividade física. É achar que não é mais hora de iniciar algo novo, que não será capaz de realizar ou temer a exposição.” “A ciência mostra que qualidade de vida é estar adaptado, se sentindo bem e com suas necessidades e do seu ambiente atendidas, viver com prazer e alegria. É ser e não ter e essa alegria de viver é um dos indicadores do aumento da expectativa de vida. É um estado que depende do estilo de vida e existe interpelação entre os componentes”, conclui Guiselini.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Artrose e exercícios físicos combinam!

Muitas vezes, uma pessoa com artrose, doença causada pelo desgaste das articulações, sente dor e deixa de praticar atividade física e até mesmo as próprias atividades do cotidiano. Segundo o reumatologista Carmo de Freitas, pessoas com artrose ficam sedentárias e isso pode levar ao atrofiamento da musculatura. A partir da atrofia da musculatura, a degeneração articular será cada vez mais rápida. Por isso, o especialista afirma que o exercício físico é muito mais importante do que o medicamento para esse paciente. Os exercícios são sempre indicados, pois favorecem a saúde dos tecidos conectivos e conjuntivos e fortalecem os músculos que protegem as articulações. É considerado o melhor tratamento para tratar lesões em regiões que são estimuladas pela atividade física (joelhos, quadris, ombros). Porém, exercícios de alta intensidade, em excesso ou atividades realizadas de forma errada levam a uma sobrecarga das articulações que podem propiciar a artrose. Uma lesão causada pelo esporte (torção no joelho, por exemplo), pode desestabilizar a articulação e levar a uma artrose no futuro. Por isso, aos pacientes são recomendadas boas doses de uma rotina ativa para aliviar dores e proporcionar melhora dos movimentos! fonte: Portal da Educação Física