Nós temos o privilégio de viver hoje a revolução da longevidade: quando o número de idosos caminha a passos largos para superar o número de crianças e propõe uma reinvenção do conceito do que é ser idoso.
O envelhecimento da população no Brasil e no mundo é um grande desafio pois estamos vivendo MAIS ANOS mas não necessariamente com qualidade.
Assim como uma poupança em dinheiro, devemos também “poupar” nossa saúde para o envelhecimento com qualidade. Através de simples MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA nós podemos conseguir este objetivo.
Veja o contexto brasileiro:
- O Brasil é um dos países que envelhecem mais rápido no mundo;
- A cada ano, nossa expectativa de vida aumenta em 3 meses;
- Nos últimos 20 anos, o número de idosos dobrou;
- E nos próximos 20 anos, vamos dobrar a proporção de idosos na população;
- Essa população acima de 60 anos, hoje, já representa 30% do mercado consumidor no Brasil – a chamada economia da longevidade que tem um enorme potencial de crescimento.
Segundo o especialista em envelhecimento, presidente do Centro Internacional da Longevidade, Alexandre Kalache, é preciso uma adaptação geral – tanto de quem já virou idoso, mas tb de quem está a caminho disso. Porque a gente não envelhece só quando se aposenta. É preciso transformar o modo como a gente planeja o nosso curso de vida. Se antigamente, a sequência natural era:
– Nascer, aprender, trabalhar e ter filhos (ou ter filhos e trabalhar), se aposentar e morrer (pouco tempo depois)…
Hoje, o aprendizado precisa ser um processo contínuo (para a vida inteira) e nós devemos nos preparar para mudar de carreira mais de uma vez ao longo da vida que será ativa até muito mais tarde. Afinal de contas, as tecnologias estão promovendo a prevenção e o tratamento mais efetivo das doenças e essa a integração social, intergeracional que promove o bem estar e a qualidade de vida. As pessoas encontram meios de superar as limitações impostas pela idade e estão derrubando estereótipos (não se definem por faixa etária).
E você? Como se imagina com 85 anos? Trabalhando, praticando esportes, viajando, curtindo os netos e a família? Aposto que ninguém se imaginou num hospital geriátrico. Mas pra isso, é preciso começar hoje a se planejar para esse futuro desde cedo porque isso é uma realidade.
Texto adaptado de Patrícia Travassos - Globo News