Em 2025 o Brasil ocupará a 6ª população de idosos no mundo e a 1ª na America Latina. A OMS considera um país envelhecido quando 14% da sua população possui mais de 65 anos. Na França, por exemplo, este processo levou 115 anos. Na Suécia, 85. No Brasil, levará pouco mais de duas décadas, sendo considerado um país velho em 2032, quando 32,5 milhões dos mais de 226 milhões de brasileiros terão 65 anos ou mais. Precisamos nos preparar para viver esse período com funcionalidade e de forma ativa.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Saúde pública e Sedentarismo
Já não é mais novidade que o sedentarismo é o principal inimigo da saúde. Ele atinge cerca de 70% da população brasileira e mata mais que a obesidade, hipertensão, tabagismo, diabetes e colesterol alto. O estilo de vida sedentário é responsável por 54% do risco de morte por infarto e 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte nos dias de hoje. Em resumo: 300 mil pessoas morrem por ano no País por doenças decorrentes do sedentarismo. Dados da IHRSA (The Internacional Health, Racquet and Sportsclub Association) revelam que, enquanto quase 10% da população americana pratica atividades físicas, no Brasil, apenas 1,2% da população adota esse hábito.
O estilo de vida na idade adulta e que vai determinar um envelhecimento saudável ou não é determinado em parte já no período infantil. Portanto, crianças sedentárias são adultos potencialmente sedentários e idosos com mais problemas de saúde. Estimativas apontam que 25% das crianças que fazem atividades físicas tornam-se adultos ativos.
Os motivos pelos quais as pessoas começam a praticar exercícios físicos englobam as questões de saúde, estéticas e sócio-afetivas. Porém, é o hábito que faz com que se mantenham constantemente em atividade física. Ou seja, não basta iniciar a prática. É preciso se manter praticante, e isso é chamado aderência. E a aderência, um conjunto de determinantes pessoais (histórico pessoal, nível educacional, conhecimento dos benefícios, entre outros), ambientais (apoio de um amigo, reforço social, facilidade do acesso, disponibilidade de tempo) e características do exercício físico (percepção individual da intensidade e características do corpo técnico), propicia uma manutenção da prática física por um longo tempo, elevando a qualidade de vida das pessoas.
Dados levantados pelo CELAFISCS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) apontam a importância dos pais na atividade física dos filhos. Os dados mostram que se a mãe for ativa fisicamente, o filho tende a ser duas vezes mais ativo; se o pai for ativo fisicamente, o filho é 3,5 vezes mais ativo; e se o pai e a mãe forem ativos, o filho será quase 6 vezes mais ativo do que as crianças de pais sedentários. Portanto ser ativo hoje é uma questão de saúde pública.
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