terça-feira, 27 de abril de 2010


Saúde pública e Sedentarismo

Já não é mais novidade que o sedentarismo é o principal inimigo da saúde. Ele atinge cerca de 70% da população brasileira e mata mais que a obesidade, hipertensão, tabagismo, diabetes e colesterol alto. O estilo de vida sedentário é responsável por 54% do risco de morte por infarto e 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte nos dias de hoje. Em resumo: 300 mil pessoas morrem por ano no País por doenças decorrentes do sedentarismo. Dados da IHRSA (The Internacional Health, Racquet and Sportsclub Association) revelam que, enquanto quase 10% da população americana pratica atividades físicas, no Brasil, apenas 1,2% da população adota esse hábito.

O estilo de vida na idade adulta e que vai determinar um envelhecimento saudável ou não é determinado em parte já no período infantil. Portanto, crianças sedentárias são adultos potencialmente sedentários e idosos com mais problemas de saúde. Estimativas apontam que 25% das crianças que fazem atividades físicas tornam-se adultos ativos.

Os motivos pelos quais as pessoas começam a praticar exercícios físicos englobam as questões de saúde, estéticas e sócio-afetivas. Porém, é o hábito que faz com que se mantenham constantemente em atividade física. Ou seja, não basta iniciar a prática. É preciso se manter praticante, e isso é chamado aderência. E a aderência, um conjunto de determinantes pessoais (histórico pessoal, nível educacional, conhecimento dos benefícios, entre outros), ambientais (apoio de um amigo, reforço social, facilidade do acesso, disponibilidade de tempo) e características do exercício físico (percepção individual da intensidade e características do corpo técnico), propicia uma manutenção da prática física por um longo tempo, elevando a qualidade de vida das pessoas.


Dados levantados pelo CELAFISCS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) apontam a importância dos pais na atividade física dos filhos. Os dados mostram que se a mãe for ativa fisicamente, o filho tende a ser duas vezes mais ativo; se o pai for ativo fisicamente, o filho é 3,5 vezes mais ativo; e se o pai e a mãe forem ativos, o filho será quase 6 vezes mais ativo do que as crianças de pais sedentários. Portanto ser ativo hoje é uma questão de saúde pública.

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